Daniel Blaufuks, Jean-Marie Straub e Lois Patiño têm em comum a vontade de endereçar o mais difícil dos projectos: o de traçar o mapa de um mundo invisível. De formas diferentes, procuram hoje evocar um ontem que não deixou vestígios senão no interior dos que lembram ainda. É uma espécie de historiografia transcendente o que se ensaia, dando visibilidade ao suspiro calado dos mortos e amplificando os ecos que o tempo silenciou. Retratar um lugar é também fazer ver o sangue que a matéria ali há muito absorveu. A questão é sempre a mesma: porque escorreu sangue ali?
There's always a pool of blood somewhere that we're walking in without knowing it... It's your blood that feeds the earth. It's you who fatten the servants of lies.
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