DESAFIO #1 : Que "bases" definem "Religião" ?

domingo, 20 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011
Numa primeira introdução aos estudos da História das Religiões, surge um desafio basilar: como definir "Religião"?

A partir da leitura de 

- "As novas formas da religião", José Maria Mardones
-  "O sagrado e o profano", Mircea Elíade
- "Ensaio sobre o Homem", E. Cassirer
- "As Formas elementares da vida religiosa", Émile Durkheim
e da série documental
- "O poder do mito", Joseph Campbell


SAGRADO?
"O sagrado é visto como um modo de ordenar o espaço, o tempo, a cidade, o cosmos, o trabalho e o descanso, etc. Quer dizer, é um modo de ordenar e dar sentido à vida humana em todos os seus aspectos fundamentais. Daí que o sagrado e o profano constituam dois modos de estar no mundo, duas situações existenciais assumidas pelo homem ao longo da história".

" Como o sagrado é algo que transcende este mundo, mas que se manifesta n'ele, teremos que estar muito atentos a estas manifestações do sagrado. Elíade propôs o termo hierofania para denominar o acto desta manifestação. Significa simplesmente que "algo sagrado se nos mostra".

"(...) O estudo da religião é fundamentalmente o estudo do sagrado; por isso, segundo M. Elíade, o estudo e compreensão destas hierofanias: a sua descoberta e ocultação, a mudança de mediadores ou de símbolos destas manifestações, o seu disfarce, degradação, desvanecimento, etc."

"(...) a centralidade do conceito de sagrado, no seu duplo aspecto fascinante e tremendo, como a manifestação histórica, captada pelo homem, de uma realidade misteriosa, "totalmente diferente", que se faz presente por meio de objectos "naturais". Nunca se esclarecerá se o sagrado se pode explicar mediante outras realidades, por exemplo, sociais (reducionismo sociológico), ou se se dece manter a sua referência a uma realidade absoluta, transcendente, impossível de esclarecer lógico-empiricamente. Do ponto de vista do homem experimentador do sagrado, convém dizer com M. Elíade, que "a religiosidade constitui uma estrutura final da consciência"." Jose Maria Mardones in As Novas Formas da Religião


O sagrado é uma força de atracção e de fascínio. 


DOGMAS
"(...) seria um género bem ingénuo de dogmatismo, assumir a existência de uma realidade absoluta das coisas que será a mesma para todos os seres vivos." 
E. Cassirer in "Ensaio sobre o Homem"

A organização religiosa assenta num sistema de dogmas, a que correspondem crenças ou doutrinas, que estabelecem um ponto comum de fundamento dessa religião.


FONTE DO CONHECIMENTO

"Se quereis fazer exercício, parti em busca da fonte da vida."
Henri David Thoreau, in Caminhada


A crença basilar de uma religião que se remeterá até um princípio originário unificador. Uma busca eterna. 


EXPERIÊNCIA EXISTENTIAL TOTALIZANTE ? 
"Poder-se-ia denominar uma psicologia fenomenológica da religião, que procura descrever a estrutura das relações humanas perante a experiência do sagrado ou do santo. Seguindo a esteira de Schleiermacher (R. Otto, 1980, 18s) e a sua compreensão da experiência religiosa como o "sentimento de dependência absoluta"...

Sentimento de dependência absoluta ou incondicional : Shleiermacher empregou o termo "sentimento" para se referir  à experiência religiosa : quer dizer que a religião não é conhecimento teórico, nem acção moral; a religião é a experiência existencial totalizante. Corre o risco de ser interpretada como uma emoção subjectiva ou um sentimento oceânico subjectivo. Para Schleiermacher, ao falar de um "sentimento de dependência incondicional" é evidente que se põe no absoluto ou incondicional, que é algo muito diferente de um sentimento subjectivo. Exprime-se uma preocupação última na qual a pessoa aparece comprometida na sua totalidade..."
JOSÉ MARIA MARDONES, in "As Novas Formas da Religião"


SUBJECTIVIDADE
Um convite à vivificação do/pelo espírito. O valor da procura dentro de si, da experienciação interior. A valorização da crença nos dados dos sentidos para organizar as próprias convicções, recolher as suas pistas, colocar dúvidas. Falar de consciência subjectiva é também falar de desejo : a antecipação de um percurso, assente em representações de conforto que se apresentam como possibilidades (recompensas de uma conduta individual).


IDENTIDADE
IDENTIDADE COLECTIVA
A noção de "identidade" resulta de um processo de comparação com uma noção de "alteridade". Implica uma definição de eu numa dinâmica de relação com um "outro". Uma acção colectiva em sociedade, parte de um "princípio de coesão assim interiorizado" (Oberschall), que agrupa e organiza uma multiplicidade de indivíduos, constituindo uma identidade colectiva, aceite por cada um dos elementos.
Exemplo : O princípio da fraternidade cristã, que prevê um deus como pai de todos, é uma ligação colectiva para lá dos laços de sangue. A família de Jesus estava onde estivessem os que o seguiam.  
IDENTIDADE PRIVADA
A experiência do sagrado é feita a partir de um posicionamento privado. A sua autonomia individual segundo a sua inserção numa ordem sagrada.
Exemplo : "Eu acredito em", ''Eu pequei'', ... 


INCÓGNITA ?
"(...) A nossa incógnita não se pode ensinar no sentido estrito da palavra; só se pode suscitar, sugerir, e despertar, como acontece definitivamente com o que procede do espírito." 
R. Otto, Lo Santo

"Em última análise, o historiador das religiões não pode prescindir da hermenêutica"
M. Elíade 

Em "As Novas formas da Religião", Mardones relaciona, semanticamente, a utilização da palavra santo em Otto com a utilização da palavra sagrado. Segundo estes autores, entenderíamos que  o sagrado é "uma realidade absoluta que transcende o mundo mas que se manifesta nele". 
A simbologia propõe possibilidades de uma figuração do inefável. 
Joseph Campbell enfatiza o poder revitalizador do mistério como o catalisador de uma nova dinâmica de vida, novo equilíbrio, nova harmonia.

SÍMBOLO
"O ser humano possui a capacidade do sagrado. É uma disposição do espírito humano que, mediante a influência de efeitos externos e experiências sensíveis, capta o numinoso. O símbolo será, para M. Elíade, como para outros estudiosos, o meio pelo qual o homem é capaz de captar e comunicar o sagrado." 
Jose Maria Mardones, in As Novas Formas da Religião

"Trata-se de nos ser revelado o mais profundo e mais básico da realidade. Mas, como "fala" ou "se revela esse mundo" para que tenhamos acesso a ele? Apercebemo-nos de que não temos directo acesso a ele. Não temos experiência imediata do mesmo. Tratar-se-á, portanto, de uma apresentação indirecta perante o nosso espírito, não em carne e osso", como expressivamente diz o estudioso do pensamento e imaginação simbólica G. Durant."
Jose Maria Mardones, in As Novas Formas da Religião

"A consciência dispõe de duas maneiras de representar o mundo. Uma, directa, na qual a própria realidade parece apresentar-se ante o espírito, como na percepção ou na simples sensação. Outra, indirecta, quando por uma outra razão, a realidade não se pode apresentar em "carne e osso" à sensibilidade (...) O objecto ausente se re-presenta perante ela como uma imagem, no sentido mais amplo do termo. "
G. Durant, in A Imaginação simbólica

"M. Elíade dirá que o símbolo religioso tem um valor existencial; assinala uma realidade ou situação na qual a existência humana se encontra comprometida."

Jose Maria Mardones, in As Novas Formas da Religião

Uma representação que provoca ressonância. Uma mediação mitológica que comunica um significado a ser decifrado.
Exemplo : A cruz cristã, a suástica, etc.

MITO

"... Do ponto de vista epistemológico ou do conhecimento, o mito pode ser visto, segundo Levi-Strauss como 'uma ferramenta lógica' destinada a harmonizar diacronicamente as entidades semânticas que não se podem sobrepor sincronicamente nas perspectivas da lógica clássica"
Jose Maria Mardones, in As Novas Formas da Religião

"É o relato que tem incrustradas sequências dramáticas e símbolos, que põem em cena personagens e cenários..."
Jose Maria Mardones, in As Novas Formas da Religião

"Os mitos são infinitos na sua revelação."

J. Campbell, in El Poder del mito

Os mitos são narrativas sagradas que, de um ponto de vista alegórico, transmitem modelos pedagógicos ou ideais de comportamento. Envolvem frequentemente personagens sobrenaturais, personificação dos fenómenos naturais, uma elaboração fantástica dos acontecimentos históricos. Estão relacionados com a prática ritualística, muitas vezes presidida pela figura de um padre, xamã, sábio....
MITO FUNDADOR
É um mito etimológico que explica a origem de um rito, de um grupo, de uma cidade ou de uma crença, de uma nação ou de uma ideia. Pode apresentar um ponto de vista cosmogónico, explicando a génese, ordem ou estrutura do universo.
Exemplo. Teogonia, o poema de Hesíodo, VII a.C., narra a criação de um mundo iniciado com uma 'Genealogia dos Deuses', que se envolveriam posteriormente com os homens, assim originando os heróis, etc. 


NARRATIVIDADE
A narratividade da religião existe para ordenar uma realidade que, à primeira vista, parece caótica. A partir de uma estrutura organizada segundo uma lógica interna, produtora de sentido, estabelece-se um apelo compreensão. Há uma organização sistemática da crenças, sacralizada. Responde a uma procura de unificação e de aliança, e funciona como um princípio basilar unificador.
Ex. Os mitos são narrativas de carácter simbólico, valorizados no seio de uma determinada comunidade, que possuem um desenlace moral e que integram uma mais vasta cosmovisão identitária.  A maioria das religiões tem por base compilações de textos sagrados : Bíblia, Torah, Vedas, Livro dos Mortos... 

ALÉM
A maioria das mitografias religiosas incluem relatos sobre o que acontece ao homem após a morte, sendo que a maioria de partilha a crença de um Além, de uma vida após a morte.
Exemplo : O estabelecimento de "metas utópicas" pela religião é a valorização de um desejo humano de emancipação: no cristianismo, a utopia corresponde ao acesso ao Paraíso. 


FÉ, FASCÍNIO, CONFIANÇA
O ELEMENTO DO PODER

"... o sentimento de criatura que aparece no contraste dessa potência superior como sentimento da própria submersão do aniquilamento, do ser terra, cinza, pó, nada, e que constitui, por assim dizer, a matéria prima numinosa para o sentimento da humildade religiosa."
R. Otto, Lo Santo

A fé religiosa é a expressão de uma confiança. É o diálogo entre uma convicção e um credo. É uma relação de compromisso, de revalidação constante. É uma afecção individual que sustenta uma entidade ulterior, fora do Eu, com uma disponibilidade para o mistério. É uma ligação a uma potência reconhecida numa superioridade transcendente, catalisadora de vontade de envolvimento, de inspiração. É uma vontade de conhecer para lá das fronteiras dos sentidos, para procurar novos estados dentro consciência. 


LÍNGUA
"A língua é tomada aqui como testemunho do pensar, do fazer, do sentir humanos." Jose Maria Mardones, in As Novas Formas da Religião

A tradição da transmissão oral é uma relação de base da passagem de testemunho religioso.
Exemplo :  "Eu vi O Senhor", exclamação de Maria  Madalena. O testemunho de uma experiência que, ao ser comunicada na primeira pessoa, reveste o relato de um valor de veracidade, de autenticidade. 

UNIVERSALIDADE

Há um princípio de universalidade nalgumas religiões, sob a crença de que a estrutura moral em que se alicerça é a mais válida como forma de encarar o universo - devendo ser um princípio universalmente adoptado. Outras religiões 
Exemplo : A continuidade do judaísmo, sob o ponto de vista ortodoxo, é essencialmente etno-religiosa, ou seja, definida por etnia. 


COMUNIDADE

"Não há sociedade sem religião." Régis Debray


"Uma religião é um sistema de crenças e de práticas relativa às coisas sagradas, quer dizer, separadas, interditas; crenças e práticas que unem numa mesma comunidade moral, chamada Igreja, todos os que a ela aderem."
"O segundo elemento que define religião não é menos importante do que o primeiro; sublinhando que a ideia de religião é inseparável da ideia de Igreja, ressalta-se a percepção de que a religião deve ser uma realidade eminentemente colectiva."
Émile Durkheim in As formas elementares da vida religiosa

"(Religião) é o que está interdito, o que está para além da sociedade. Interdito ao comum"

Paulo Fontes


Em "As formas elementares da vida religiosa", Émile Durkheim analisa o homem enquanto um ser irredutivelmente social e irredutivelmente religioso. A evolução da religião é, então, paralela à de qualquer cultura humana, enquanto fenómeno socio-cultural, e força motriz de várias comunidades e civilizações, muitas vezes estruturante nas vários códigos de entre-relação dessa sociedade. 

Songs to help you die.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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(Mas há / há em ti um deus de qualquer espécie)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

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The Rope, Hitchcock, 1948

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